sábado, 15 de outubro de 2011

A chegada dos portugueses ás terras dos indígenas

 Como vimos, ao longo do século XV, no período das Grandes Navegações, os governantes portugueses e espanhóis organizaram diversas expedições marítimas pelo Oceano Atlântico com o objetivo de contornar o continente africano e encontrar um novo caminho para chegar as Índias. Desse modo, eles participaram do comércio das valiosas mercadorias do Oriente, principalmente o de especiarias. 
 Essas viagens acabaram levando esses povos a muitas terras que eles ainda desconheciam. Para evitar desentendimentos entre Portugal e Espanha, em 1494 foi assinado, pelos governantes desses países, o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia uma linha imaginária dividindo as novas terras conquistadas. O tratado estabelecia que as terras situadas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanha, e as terras a leste, a Portugal.
 Em 1498, uma expedição portuguesa comandada por Vasco da Gama conseguiu finalmente descobrir o caminho marítimo para as Índias. Navegando pelo Oceano Atlântico até chegar ao sul da África, a expedição contornou o Cabo da Boa Esperança e navegou pelo Oceano Índico até chegar a Calicute, na Índia.
   Dois anos mais tarde, em 1500, por causa do sucesso da expedição de Vasco da Gama, os governantes portugueses organizaram uma nova expedição de comércio às Índias, agora comandada por Pedro Álvares Cabral.
   Essa expedição partiu de Lisboa, em Portugal, com uma esquadra de 13 caravelas, no dia 9 de Março de 1500. Durante a viagem, desviaram-se da rota indicada por Vasco da Gama e, no dia 22 de Abril do mesmo ano, chegaram à região que hoje corresponde ao Estado da Bahia, a qual foi chamada de Porto Seguro.

    

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A colonização portuguesa na América

   Em 1500, quando os portugueses chegaram à América no litoral das terras que hoje correspondem ao Brasil, eles não encontraram um país com esse nome. As terras americanas às quais chegaram não tinham esse nome e ainda não formavam o país que conhecemos hoje, dividido em estados.
  Logo nos primeiros anos após a sua chegada, os portugueses ocuparam áreas espalhadas ao norte e ao sul do território que atualmente forma o nosso país. A essas terras que pertenciam a Portugal na América, e que ainda não formavam o país que conhecemos hoje, os historiadores denominaram América portuguesa.
                                            
               As Grandes Navegações e o comércio de especiarias no mundo 


  No século XV, que corresponde ao período de 1401 a 1500, a atividade econômica mais lucrativa no mundo era o comércio de produtos com o Oriente, ou seja, com algumas áreas do atual continente asiático.
  Entre as mercadorias mais valorizadas na Europa, que vinham das distantes terras orientais, estavam as especiarias, como a canela, o cravo, a noz-moscada, a pimenta e o gengibre. Essas especiarias eram usadas principalmente para preparar remédios, dar sabor a alimentos e conservá-los, pois, como naquela época não havia geladeira, eles estragavam com muita rapidez. 
  Inicialmente, esse comércio lucrativo entre a Europa e a Ásia era feito por extensas rotas terrestres e marítimas, que passavam por inúmeros lugares, como a Índia e o norte da África. As viagens comerciais eram realizadas poe diversos povos, como os chineses, os indianos, os árabes etc., cada um lucrando um pouco. As viagens eram tão demoradas e as mercadorias passavam por tantos lugares, pagando vários impostos pelo caminho, que ao chegarem à Europa tinham um preço muito elevado.
  Os portugueses, que já se dedicavam há algum tempo ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento de técnicas de navegação, decidiram explorar os oceanos, contornando o continente africano em busca de novos caminhos que levassem ao rico comércio das valiosas mercadorias com o Oriente, nas áreas próximas à Índia atual e seus arredores.
  Foi desse modo que teve início uma época de grandes viagens pelos oceanos, entre os séculos XV e XVI, organizadas inicialmente por governantes portugueses e, anos mais tarde, por governantes espanhóis. Essa época ficou conhecida como o período das Grandes Navegações.
  
Fonte : Livro Agora Eu sei!!
     

domingo, 24 de abril de 2011

O encontro de diferentes modos de vida

  Como já vimos, assim que os portugueses chegaram ao litoral das terras que hoje formam o Brasil, entraram em contato com povos indígenas que já viviam aqui e tinham costumes muito diferentes dos costumes europeus.
  Um exemplo dessas diferenças é o fato de que, enquanto os europeus, principalmente os cristãos, acreditavam em vários deuses.
  Os Tupi-Guarani, por exemplo, tinham o Sol e a Lua como deuses e chamavam-lhes Guaraci e Jaci, respectivamente. O raio e o trovão também eram uma divindade, conhecida como Tupã.

                                         É bom saber!


  [...] Uma corrente de historiadores hoje acredita que os europeus cometeram graves erros: não souberam lidar com as diferenças nem respeitar a cultura dos    nativos, começaram a impor aos indígenas a cultura europeia e a religião cristã obrigando-os a agir, pensar e vestir-se como os europeus.
 Além disso, os portugueses ainda quiseram escravizar os indígenas. Mas essa ideia não deu muito certo. Não aceitando as imposições de trabalho forçado e a nova cultura, muitos deles se revoltaram e lutaram contra os brancos. Aí muitos indígenas acabaram morrendo pela guerra e também pelas doenças que o branco transmitia- como a gripe, o sarampo e a coqueluche. (É que os indígenas não tinham resistência a essas doenças e morriam rapidamente.)
 Estudiosos acreditam que, na época em que os portugueses chegaram às terras que hoje formam o Brasil, o número de indígenas que existiam por aqui era de cerca de de 5 milhões - divididos em milhares de aldeias. Só que foram morrendo tantos, tantos, tantos... que hoje sobram apenas 345 mil indígenas, distribuídos em 215 comunidades, além dos cerca de 150 mil vivendo nas cidades.
 Nas diversas aldeias, a população varia muito. Existem grupos relativamente numerosos, como os Tikuna (20 mil), Guarani (30 mil), Kaingaing (20 mil), Yanomani (10 mil), e outros bem pequenos, como os Ava-Canoeiro, cuja população atual é de apenas 14 pessoas.
Os dados são da Funai, Fundação Nacional do Índio.




 Os diversos povos indígenas que aqui viviam tinham o hábito de dormir em em redes, andar nus ou quase nus e enfeitar-se com penas, dentes de animais e pinturas feitas com tintas extraídas de vegetais. Eles confeccionavam armas como o arco, a flecha, a lança, o tacape e a zarabatana. Alimentavam-se de carne de animais que caçavam e de peixe, frutas silvestres, milho, mandioca etc.
 Algumas populações indígenas atuais que vivem em terras demarcadas e preservadas conseguem manter parte de seus hábitos alimentares.
 Alguns de seus instrumentos musicais são o chocalho, a flauta e o tambor.
 As tarefas são dstribuídas entre os membros da aldeia. As mulheres cozinham, plantam e cuidam das crianças. Os homens caçam, pescam e defendem a aldeia. As meninas aprendem o trabalho das mães; os meninos, a manejar armas com os pais.
 O contato com os portugueses e, mais tarde, com outros povos não indígenas,
mudou os diversos estilos de vida desses povos. Hoje, por exemplo, em muitas comunidades , quando as populações indígenas têm terra para plantar, todos os membros da aldeia se envolvem com o plantio, e não mais só as mulheres, pois os homens perderam suas antigas funções de caçadores e protetores da aldeia. Todavia, ainda há alguns povos indígenas que mantêm hábitos tradicionais: constroem suas casas como seus antepassados, confeccionam suas armas, alimentam-se da mesma forma etc.


                        
                                       É bom saber!


 Na década de 1950, o antropólogo Darcy Ribeiro definiu o conceito de indígena  como sendo "todo indivíduo reconhecido como membro por uma comunidade pré-colombiana, que se identifica etnicamente diversa da nacional e é considerada indígena pela população brasileira com que está em contato."
Ou seja, o indivíduo se considera indígena e assim é considerado pelos outros.
 Desde o início da civilização portuguesa houve divergências quanto às línguas faladas, primeiramente no litoral onde estavam os jesuítas que se esforçaram para unificar a língua, de forma a servir à catequese. Foi quando o padre José de Anchieta elaborou a Gramática da língua geral, que acabou sendo extinta dos colégios por ocasião da expulsão dos jesuítas, em 1759. 
 Para os linguistas da atualidade, a estimativa é que na época em que os portugueses chegaram às terras que hoje são o Brasil havia cerca de 1,3 mil línguas diferentes. No início do século XIX esse número era de aproximadamente 180, pertencentes a mais de trinta famílias linguísticas diferentes. As línguas indígenas são agrupadas em famílias, classificadas como pertencentes aos tronco tupi, macro-jê e aruak, além daquelas ainda não identificadas. Até hoje muitos indígenas falam apenas sua língua, desconhecendo o português; outros falam o português apenas como segunda língua.     

Fonte : Livro Agora Eu Sei!!!
      





quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os donos da terra que os portugueses encontraram ao chegar em 1500

  Em 1500, quando os portugueses chegaram às terras que atualmente correspondem os Brasil, encontraram povos indígenas que tinham costumes e modos de viver próprios. Eram povos guerreiros que viviam em agrupamentos chamados aldeias. 
  Cada aldeia tinha um líder, um chefe que tomava as decisões nas guerras e em diversas situações, conhecido geralmente como cacique. Muitos povos também possuíam, em suas aldeias, um pajé, o chefe espiritual e curandeiro dos indígenas. 
                            
                                        
                                          É Bom Saber!


  Antes da vinda dos portugueses, desde o litoral dos atuais estados Maranhão até o Rio Grande do Sul, viviam povos indígenas que falavam língua semelhante e tinham costumes parecidos. Quase todos faziam parte de um grupo linguístico chamado de tupi-guarani. 
   
 Alguns desses povos eram:



  • os Tupinambá ( da margem direita do Rio São Francisco até a Bahia);
  • os Tamoio ( na Baía de Guanabara, no litoral do atual estado do Rio de Janeiro);
  • os Tupiniquim (no sul da Bahia e no litoral de São de Paulo);
  • os Carijó (de São Paulo até a Lagoa dos patos, no atual estado do Rio Grande do Sul).

  Muitos desses povos eram rivais e guerreavam entre si.   

Fonte: Livro Agora Eu Sei!!!
      

    O clima

      O tempo pode variar de uma hora para outra, de um dia para outro... O frio, o calor, o vento, a chuva, tudo isso determina as condições do tempo em um certo momento. 
     O tempo varia também de acordo com as estações do ano : primavera, verão, outono e inverno.
     No verão faz mais calor, e no inverno geralmente faz mais frio. Mas nem sempre isso acontece. Há a alguns lugares no Brasil, por exemplo, onde faz calor o ano inteiro, e há outros onde, em determinadas épocas do ano, faz muito frio.
     Existem também lugares do Brasil em que chove regularmente o ano todo, enquanto algumas localidades podem ficar muito tempo sem chuva.
     As características que o tempo de determinado lugar apresenta no decorrer de vários anos, como chuvas ou secas, temperaturas altas ou baixas, ventos, é o que chamamos de clima.
     O clima de um lugar é caracterizado pelas condições do tempo que predominam nesse lugar durante muitos anos.   



       
          Clima equatorial úmido: Quente e chuvoso, varia pouco ao longo do ano. Temperaturas médias acima de  25 °C.
               
         Clima equatorial semi-úmido: muito parecido com o anterior, porém menos chuvoso.

          Clima semi-árido: quente e seco. Chove muito pouco e ocorrem longos períodos de estiagem: mais de oito meses. Temperaturas médias acima de 25 °C.

           Clima tropical: apresenta uma estação seca que dura de quatro a cinco meses (de Abril a Setembro). Temperatura média de 20° C.

            Clima tropical de altitude: Semelhante ao anterior, com a diferença de que, como ocorre em regiões de maior altitude, as temperaturas médias chegam a mês de 20° C.


            Clima subtropical: As temperaturas médias ficam de 20° C para baixo e as chuvas são bem distribuídas ao longo do ano.


         Fonte : Livro Agora eu sei !! Editora: Scipione